Parasitas em cachorros – como, quando e porquê prevenir

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É  muito importante compreender o risco que constituem os parasitas em cachorros, e perceber como, quando e porquê desparasitar é uma das bases mais importantes para ser um tutor responsável.

Os parasitas, são agentes patogénicos. Vivem “hospedados” noutros animais e  podem causar problemas de saúde graves nos cães, principalmente nos primeiros tempos de vida. Desta forma, é muito importante que seja feita uma correta desparasitação dos cachorros!

 

 * Mas afinal que parasitas podem afetar os cachorros?

 

Quando falamos de parasitas dos cães, a maiorias das pessoas pensa imediatamente em pulgas e carraças.  Estes são aqueles que se conseguem ver, são parasitas externos, significa que parasitam o hospedeiro externamente. Por esse motivo conseguimos vê-los na pele dos nossos amigos patudos.

A grande maioria dos tutores, no que toca a proteger os seus animais contra parasitas, preocupa-se quase exclusivamente com os parasitas externos. Contudo, são muitos mais aqueles que afetam internamente os cachorros, internamente.

Os parasitas podem causar estados severos de doença, conduzindo, inclusivamente à morte, nos casos mais graves. Para além disto, alguns dos parasitas dos cães podem igualmente contaminar o ser humano. As crianças, idosos e pessoas com imunidade diminuída, são aqueles em maior risco de desenvolver doença parasitária se se infetarem com parasitas.

Por este motivo, é fundamental os donos saberem que tipo de parasitas podem atingir o seu animal, bem como o ser humano. Saber que não existem só parasitas que conseguimos ver. No interior dos cachorros podem viver agentes parasitários.

 

Assim sendo, tem que haver preocupação em eliminar os parasitas externos, bem como os internos. Só assim se protege completamente, quer o cachorro, quer toda a família.

 

Podemos dividir, de uma forma um pouco generalista, os parasitas em dois grupos: os Externos ou Ectoparasitas e os Internos ou Endoparasitas.

 

Parasitas Externos

 

Já vimos que os parasitas externos mais comuns são as carraças e as pulgas. Estes para além da irritação cutânea e prurido que causam, também podem ser responsáveis pela transmissão de várias doenças.

A doença mais comum associada aos parasitas externos é a conhecida “febre da carraça”, que na realidade não é uma doença, mas um conjunto de doenças causadas por parasitas sanguíneos transmitidos por carraças.

Ou seja, as pulgas e as carraças, são sobretudo perigosas para os cachorros, e para o resto da família humana por servirem como veículos- vectores- de outros parasitas (além dos que provocam a febre da carraça, também outros parasitas intestinais podem ser transmitidos por pulgas ou carraças), podem também que podem ser muito perigosos para o cachorro e para os tutores.

 

Parasitas Internos

Os parasitas internos, podem alojar-se em várias zonas do corpo, afetando diferentes órgãos do animal. Temos Vermes redondos ou Nemátodes (vulgarmente conhecidos por lombrigas) e Vermes achatados e segmentados ou Céstodes (vulgarmente conhecidos por ténias).

Muitos destes podem ser transmitidos aos cachorros pela mãe, durante a gestação e/ou amamentação. Outros são transmitidos por picada de mosquitos, ou ingestão de parasitas que estão no ambiente ou entram o hospedeiro através da pele.

Para simplificar, dentro dos endoparasitas temos:

 

Parasitas gastrointestinais

Quando se pensa em parasitas gastrointestinais tende-se a pensar apenas nas ténias, mas existem muitos tipos diferentes de parasitas, e as ténias (parasitas da família Taenidae, como as ténias ou os equinococos) nem sequer são os únicos Céstodes (vermes achatados e segmentados) perigosos para cachorros e tutores. Os parasitas gastrointestinais adultos alojam-se no sistema digestivo, mas as suas formas larvares passam por mais órgãos do corpo. É muito importante perceber que a maior parte destes parasitas afectam não só os cachorros mas também as suas famílias humanos, e sobretudo quando existem crianças em casa, é muito importante controlar as infecções.

Exemplos: Toxocara canis (especial atenção ao risco de transmissão aos tutores), Ancylostoma caninum ou Dypilidium caninum.

 

Parasitas do coração

Dirofilariose, o parasita (dirofilaria immitis) é transmitido através da picada de mosquitos. As formas adultas vivem no interior do coração e grandes vasos sanguíneos, causando doença cardíaca severa e morte, se não tratada.

 

Parasitas pulmonares

Angiostrongilose, é uma doença muito grave, a aumentar gradualmente o número de casos registados. Os animais parasitam-se com Angiostrongylus vasorum, ingerindo caracóis ou lesmas que contenham no seu interior larvas deste parasita. As formas adultas alojam-se nas artérias pulmonares, mas as formas larvares desenvolvem-se nos gânglios linfáticos de todo o corpo e depois  migram até atingirem o coração e artérias pulmonares . A doença é muito grave, com sintomas severos e vários, que podem ir desde sintomas respiratórios, neurológicos, problemas de coagulação, alterações de visão e morte súbita.

 

Prevenção

Por todos estes motivos, é imprescindível que cada vez mais se proceda a uma correta desparasitação. Não só pela saúde dos patudos, mas também pela da sua família. Não controlar apenas parasitas visíveis! Nunca esquecer que os parasitas internos existem e são muito prejudiciais.

Um cachorro sem parasitas, crescerá muito mais saudável e  reduz-se o risco de contaminação familiar.

One thought on “Parasitas em cachorros – como, quando e porquê prevenir”

  1. Acompanho 1 matilha de 4 cadelas esterilizadas. Só 1 dá a “mão”. Keria desparasitá-las interna e externamente, porém ñ consigo k me vendam comprimidos pata a despr.externa. É impossivel levá-las ao vet. pois já para as esterilizar andámos meses… e meses… para as conseguir capturar… agradeço informe o k devo fazer. Grata pela atenção Rogéria Carvalho (urb.Póvoa de Baixo Estarreja)

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